Os doces do Brasil começaram a surgir ainda no período colonial, especialmente a partir do século XVIII com a instalação em larga escala dos engenhos de açúcar no país.[1][2]
As primeiras sobremesas legitimamente brasileiras foram as frutas tropicais, tais como manga e carambola, regadas a mel. A banana com laranja foi a principal sobremesa durante o início do período colonial; podendo-se destacar ainda, nesta época, a goiabada, a cajuada, a bananada, a cocada e o merengue, sendo popular também a banana assada ou frita com canela.
A partir do advento do açúcar, surgiu a calda e, com ela, as compotas de frutas que eram descascadas e cozidas pelos escravos.[2] Os holandeses, ao tempo da dominação, foram grandes apreciadores dos doces da Capitania de Pernambuco, particularmente das frutas cristalizadas, como se depreende da relação publicada por Hermann Wätjen, no seu hoje clássico O domínio colonial holandês no Brasil. Informa o autor que, por conta da Companhia, foram exportados para a Holanda 109 barriletes, em 1631, e 1261 libras, em 1637, de frutas cristalizadas, relacionando outros embarques do produto até o ano de 1647.
Os religiosos portugueses mantiveram as receitas à base de ovo que preparavam em seu país de origem, mas acrescentando ingredientes brasileiros.[2] Assim surgiram doces como quindim, papo de anjo, ambrosia, bom-bocado, manjar e pudim. A utilização dos ovos se dava devido ao fato de que Portugal foi o principal produtor da Europa entre os séculos XVIII e XIX.[1] Em cada região do país foram então se desenvolvendo receitas típicas de acordo com o alimento que era encontrado em abundância em cada lugar.[2]Assim, o hábito de se comer determinados tipos de doce passou a fazer parte dos costumes locais, fazendo das sobremesas parte importante da culinária brasileira.[2]
A culinária de Pernambuco se destaca pela chamada "doçaria pernambucana", ou seja, os doces desenvolvidos durante os períodos colonial e imperial nos seus engenhos de açúcar como o bolo de rolo, o bolo Souza Leão e a cartola.[3][4]
Polo da industria canavieira durante o período colonial, a Região Nordeste traz doces que variam entre feições portuguesas e africanas:
Os doces sofrem varias influências, especialmente dos indígenas:
Embora rica gastronomicamente, não é famosa pelos seus doces, a maioria oriundos da culinária portuguesa. Podemos destacar, entretanto, os seguintes doces:
Abrigando a mais famosa culinária do país, a mineira, a região sudeste é berço de alguns doces, como por exemplo:
Fortemente influenciados pelos imigrantes europeus, em especial os alemães e italianos:
Existem doces que, embora genuinamente brasileiros, não se sabe ao certo de que região do Brasil são oriundos:
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